A indústria do ES registra menor produção em 2018

Em 2018, a indústria do Espírito Santo reduziu a sua produção em -0,9%, influenciada pela queda de -2,8% na indústria de transformação. Em contrapartida, a indústria extrativa cresceu 0,9%, puxada pela maior produção de minérios de ferro pelotizados ou sinterizados.

Entre as atividades da indústria de transformação pesquisadas pelo IBGE para o estado, apenas a produção da fabricação de produtos alimentícios (3,1%) e da metalurgia (1,6%) cresceram em 2018. Esta última atividade foi a única que registrou uma aceleração em relação ao seu desempenho do ano anterior.

Com esse resultado, o Espírito Santo foi o terceiro estado brasileiro com maior queda percentual na produção industrial em 2018, dentre os pesquisados. Os maiores crescimentos foram registrados por Pará (9,6%), Rio Grande do Sul (5,5%) e Amazonas (5,2%).

A indústria brasileira cresceu 1,1% em 2018, segundo resultado anual positivo consecutivo, puxado pelos bens de consumo duráveis (7,6%) e de capital (7,4%), de acordo com a produção física industrial (PIM-PF) do IBGE. Entretanto, o setor industrial perdeu ritmo de crescimento quando comparado com o desempenho de 2017. Além disso, apenas metade das atividades pesquisadas pelo IBGE registram expansão em 2018, ou seja, o aumento da produção no ano passado não foi disseminado por todos os ramos da indústria do país.

Entre as questões que resultaram em um menor ritmo de crescimento, pode-se citar: (i) a greve dos caminhoneiros em maio; (ii) o ambiente conturbado ocasionado pelo desequilíbrio das contas públicas e as incertezas do cenário eleitoral, que permaneceu indecifrável por muito tempo; (iii) a não aprovação das reformas fiscais, com destaque para a da Previdência.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Thais Mozer

Graduação em Ciências Econômicas e Mestrado em Economia pela UFES, na linha de pesquisa de Economia Industrial. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência de Estudos Econômico.