O BEC de julho traz em destaque os desafios para o desenvolvimento do Espírito Santo e os últimos dados sobre a economia nacional e capixaba

Nos últimos anos, o Espírito Santo se tornou destaque nacional entre os estados brasileiros, em meio às crises econômicas que o país atravessou nesta década.

Alguns dos principais indicadores do estado são: o único com nota A do Tesouro Nacional em relação à capacidade de pagamento (2018 e 2019), atestando boa qualidade na gestão fiscal; um dos cinco estados classificados como “Eficiente”, na 4ª colocação do Ranking de Eficiência dos Estados, da Folha (2018); 6º lugar no Ranking de Competitividade dos Estados, do CLP (2019); melhor estado do Brasil nos últimos indicadores educacionais do PISA (2015) e do IDEB para o ensino médio (2017); alcançou em 2019 a sua menor taxa de homicídios dos últimos 30 anos; atualmente é o único estado do Brasil com um Indicador de Ambiente de Negócios (IAN) para todos os municípios.

Todos estes são resultados importantes, conquistados a partir de um esforço de melhorias institucionais e de maior eficiência da gestão pública, com integração e participação do setor produtivo e da sociedade civil, que geraram benefícios para a população capixaba, em meio a uma década que se mostrou perdida em termos de crescimento econômico no Brasil e que ainda teve episódios agravantes para o Espírito Santo.

Os desafios postos para a nação, acentuados pela crise sanitária, também repercutem como receituário que precisará ser perseguido pelas unidades federativas. Dentre eles, destacam-se as reformas estruturantes, algumas com discussão concentrada em âmbito federal, como a reforma tributária, e outras com aplicabilidade em todos os níveis, como a reforma administrativa.

Para além das reformas mais estruturantes, em especial no nível estadual (seja por ação direta ou com movimentos de influência nos debates nacionais), outros temas precisam ser encarados, tais como os relacionados à agenda de modernização, competitividade e melhoria do ambiente de negócios local.

O estado tem grande potencial e melhorias a perseguir em campos como o da infraestrutura, do comércio internacional, da importante área de petróleo e gás natural, do crescimento e consolidação do seu ecossistema de inovação e do aproveitamento da rica biodiversidade local como motor para um desenvolvimento sustentável.

A busca por destravar as amarras que freiam o crescimento econômico do país e pela melhoria do ambiente de negócios perpassa por vários temas e poderá ser capaz de promover atração de investimentos, maior competitividade, produtividade e inovação para o estado e para o país, principalmente no cenário pós-crise do coronavírus.

Confira o texto completo clicando aqui e acessando a íntegra do Boletim Econômico Capixaba de julho.

Análise Conjuntural

A seção de Cenário Econômico mostra que os indíces de atividade econômica de maio tiveram melhora na comparação com abril, tanto no Brasil (1,31%) quanto no Espírito Santo (0,63%). No entanto, na comparação contra o mês de maio de 2019, os resultados foram negativos em -14,24% e -10,79%, respectivamente.

O Desempenho Industrial capixaba foi negativo pelo terceiro mês seguido, com queda marginal de -7,8% em maio, a maior dentre as 15 regiões pesquisadas pela pela PIM-PF do IBGE. No Brasil, a indústria teve um mês de recuperação com crescimento de 7,0%.

Os dados do setor de Crédito apontam a queda mensal das taxas de juros e do spread em maio no Brasil. A taxa de inadimplência manteve-se estável.

Já com indicadores referentes a junho, o Comércio Exterior brasileiro fechou os seis primeiros meses do ano com queda de -6,3% na corrente de comércio (importações mais exportações), mas com saldo ainda positivo na balança comercial. Já no Espírito Santo, a queda da corrente de comércio foi de -11,7% e o saldo da balança foi deficitário em -US$ 499,1, milhões, o pior resultado para o primeiro semestre desde 2002.

Nas Finanças Públicas Estaduais, o Governo do Espírito Santo apresenta queda de -12,7% nas receitas e alta de 3,5% nas despesas no primeiro semestre de 2020. O destaque nos gastos públicos se dá na área de saúde, em função do enfrentamento da pandemia.

    O Boletim Econômico Capixaba é uma publicação mensal do Ideies sobre a conjuntura econômica do Espírito Santo e do Brasil.

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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Rodrigo Taveira

Economista (UFES) e Mestre em Administração Pública e Governo (FGV-SP). Atua como Analista de Estudos e Pesquisa Sênior na Gerência de Estudos Econômicos, com foco em estudos sobre conjuntura econômica, finanças públicas e crédito.