Produção industrial capixaba recua 12,0% nos seis primeiros meses de 2019

O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 07 de agosto, o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) referente ao mês de junho de 2019.

Brasil e Espírito Santo

Os resultados do Brasil para junho indicaram o primeiro semestre de 2019 apontando para uma trajetória de queda da produção industrial neste ano. Dentre os 15 locais pesquisados, 10 apresentaram resultado negativo em junho, contribuindo para a queda do indicador nacional em 0,6% na comparação com o mês de maio de 2019. O Espírito Santo, por sua vez, apresentou alta de 1,0% na produção física industrial para o mês de junho de 2019, em comparação à maio. Vale destacar que o mês de junho de 2019 teve dois dias úteis a menos que o do ano anterior, o que pressionou negativamente o resultado da produção mensal.


Uma análise dos resultados de junho, na comparação com o mesmo mês de 2018, revela que a queda da produção industrial foi bastante disseminada entre os setores do Brasil, observando-se resultado negativo para 17 dos 26 ramos industriais. 

No Espírito Santo, o mês de junho apresentou retração na indústria extrativa de 15,9% e na indústria de transformação de 10,6%, em relação ao ano anterior. Entre os ramos da indústria de transformação capixaba pesquisados, apenas dois apresentaram crescimento: alimentos (+0,6%) e minerais não-metálicos (10,7%). Os ramos industriais capixabas em queda no mês de junho foram celulose, papel e produtos de papel (-30,4%) e metalurgia (-16,0%). 

Nos seis primeiros meses de 2019 o Brasil acumulou retração de 1,6% na produção industrial na comparação com os primeiros seis meses do ano anterior. No Espírito Santo, no acumulado de janeiro a junho de 2019, houve uma queda de 12,0%, vale lembrar que em 2018 a produção industrial capixaba apresentou taxas de crescimento positivas nos dois primeiros trimestres do ano. 


Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Marília Silva

Economista, doutora em Economia pela FGV-SP e mestre em economia aplicada pela UFRGS. Foi pesquisadora do Centro de Estudos Quantitativos em Economia e Finanças (FGV-SP). Trabalhou como especialista de pesquisa econômica na FIESP. Possui experiência em análises quantitativas, análise de dados socioeconômicos e pesquisas econômicas.