Saldo da balança comercial capixaba cai quase 50% até maio de 2019

Na comparação dos cincos primeiros meses de 2019 com igual período de 2018, o saldo da balança comercial do Espírito Santo reduziu -48,2%. Contudo, manteve-se superavitário, totalizando US$ 560 milhões. A redução do saldo da balança comercial no estado tem sido consequência tanto do aumento das importações (+ US$ 318 milhões) quanto da queda nas exportações (- US$ 204 milhões).

O desempenho das exportações capixabas reflete a redução da produção de minério de ferro, com impactos nas exportações desse metal e nas vendas dos produtos de ferro e aço, que o utilizam como matéria-prima. As maiores reduções na pauta exportadora do estado foram dos seguintes países e produtos: Turquia (menos US$ 47,1 milhões em ferro ou aço), Arábia Saudita (menos US$ 30,4 milhões em minério de ferro e concentrados) e Argentina (menos US$ 15,5 milhões em ferro e aço), de acordo os dados do MDIC e Funcex. Esses resultados vão em direção ao desempenho da produção física dessas atividades no Espírito Santo, conforme analisado na seção anterior.

No acompanhamento dos preços das principais commodities, verifica-se que o do minério de ferro é o que apresenta trajetória crescente constante, ultrapassando a média anual dos últimos 4 anos, e alcançando a maior cotação, desde junho de 2014, em 31 de maio (US$ 98,76 a tonelada). 

As importações continuaram crescendo, com a alta de 15,2%, nesse mesmo período de 2019 contra o de 2018. Totalizando US$ 2,4 bilhões devido as contribuições das categorias de bens intermediários (+27,1%), combustíveis (+21,5%) e bens de capital (+18,8%).

Os maiores avanços na pauta importadora do estado foram nas aquisições de US$ 76,4 milhões referente a combustíveis da Austrália (principalmente carvão mineral e gás natural), US$ 56,6 milhões referente a bens de capital da China (equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos), US$ 39,9 milhões referente a bens intermediários dos Estado Unidos (principalmente produtos de material plástico, produtos metalúrgicos não-ferrosos e celulose).

Para mais informações sobre o cenário externo, confira a publicação completa do Boletim Econômico Capixaba de junho/2019.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Taíssa Soffiatti

Graduada em Ciências Econômicas pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência de Estudos Econômicos, com foco em estudos sobre conjuntura econômica, comércio exterior e temáticas relacionadas com a indústria.