ES fecha primeiro trimestre de 2019 com criação de 6.033 postos de trabalho formais

Foram criados, no primeiro trimestre do ano, 6.033 postos formais no Espírito Santo. O estado ficou na décima posição, dentre os estados que mais criaram empregos. Com acréscimo de 0,8% no total de postos celetistas, o estoque de postos formais foi de 720.411, em 31 de março de 2019.

Mesmo com redução de 10% na criação de postos formais no Espírito Santo, na comparação contra o primeiro trimestre do ano de 2018, é o segundo ano consecutivo em que o trimestre fecha com saldo positivo (+6.033), depois de 3 anos seguidos de saldos negativos, entre 2015 e 2017.

No acumulado dos três primeiros meses do ano, o setor de serviços foi o que mais criou postos formais (+4.924), seguido pela indústria de transformação (+2.457) e pela construção civil (+993). Atividades de comércio registraram a maior redução de postos formais (-2.552).

Municípios

Dentre os municípios capixabas com mais de 30 mil habitantes, a maioria apresentou saldo positivo de postos formais no primeiro trimestre do ano. O município de Serra registrou a criação do maior número de postos formais (+1.613), seguido pelo município de Aracruz (+807) e Vila Velha (+799).

Em Serra, o setor de serviços (+1.185) e construção civil (+579) foram os que criaram mais postos formais, enquanto o comércio registrou a redução de 312 postos. Em Aracruz, a indústria de transformação se destacou com a criação de 1.305 vagas celetistas. Já em Vila Velha, o destaque ficou por conta do setor de serviços (+751).

Guarapari, devido as características turísticas do município, registrou saldo negativo (-404), com a maior redução de postos formais ocorrendo no setor de comércio (-392). Viana apresentou o segundo menor saldo de postos formais (-176), com o setor de comércio registrando maior diminuição de postos celetistas (-132).

Remuneração

Quanto à remuneração, o salário médio dos admitidos no Espírito Santo, no primeiro trimestre do ano, foi de R$1.463,38, abaixo da média nacional para o período (R$1.573,22), mas com crescimento de 0,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2018. Na análise por setor de atividade, o salário médio de admissão da indústria extrativa (R$ 1.784,74), construção civil (R$1.669,10) e indústria de transformação (R$1.637,45) apresentaram, respectivamente, os maiores salários médios, estando acima da média de todos setores. Agropecuária foi o setor que registrou menor salário médio de admissão (R$1.140,35).

Modernização Trabalhista

Foram 618 postos formais de trabalho criados no primeiro trimestre do ano nas novas modalidades de contrato de trabalho instituídas pela reforma trabalhista, e que podem ser captadas pelo CAGED. Um total de 567 vagas criadas em trabalho intermitente e 51 em trabalho em período parcial. Assim, o saldo de postos formais criados pela reforma, nos três meses iniciais do ano, equivaleu a 10% do saldo total. Na média do Brasil, para o mesmo período, essa participação foi de 11%.

Na comparação dos três primeiros meses do ano com o mesmo período de 2018, percebe-se que em 2019 houve queda na criação de postos formais nas modalidades de contratação analisadas. 

Considerando o saldo total do primeiro trimestre de 2019 na comparação com o primeiro trimestre de 2018, houve redução de 24% nos postos de trabalho intermitente e 75% nos postos de trabalho em período parcial. Enquanto isso, os desligamentos por acordo entre empregador e empregado aumentaram nos três meses de 2019, crescendo no trimestre um total de 76%, na comparação com o mesmo período de 2018.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.